Sou neto, filho e bisneto, mas mesmo sem ter tido nenhuma
namorada ainda, também sou pai. Como? É que sou pai de mim mesmo: eu crio-me.
Todos os dias, alimento e brinco com a minha criança interna (e eterna, pois
ela não cresce nunca). Às vezes, faz cara feia; às vezes, sorri; às vezes, sou
eu quem fico triste e é ela quem me anima, lembrando-me das experiências boas
que vivenciamos juntos. Ah, este
menino...
Hoje, ele (que se chama Carlinhos) me disse para ter
esperança (dos dois tipos), que logo eu acharei uma mamãe para ele e, quem
sabe, um dia, possamos lhe dar um irmãozinho...
Coloquei-o para dormir, porque este sonho é muito bom e
bonito e vale a pena ser sonhado por nós dois. Às vezes, esse menino é como um
pai para mim...
13/08/2017
Bravo, Carlinhos!
ResponderExcluirMuito obrigado, Niér!
ExcluirBelo texto, Carlos, muito lindo e tocante, lembrei-me dessa frase: "A criança é pai do próprio homem". A atribuição é incerta, uns dizem que é de Freud, outros, do poeta romântico Wordsworth, mas não se sabe...
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