Encontrei, nos meus arquivos, este "antigo" texto, de um ano atrás, e resolvi publicá-lo, embora esteja datado:
A mão global,
que havia capturado a peça dilmãe, substituiu-a por um cara que se achava
aristocrata só por ser velho e parecer o Conde Drácula. Porém, peças são peças
e podem ser retiradas do tabuleiro.
Em outro
quadrado (e em outro parágrafo), um componente da mão global começa a ser
retirado do campo. É (quer dizer, "foi") o aecinho. Esse é impiedoso,
não tem dó. Não captura: manda matar.
No entanto, é possível que ele continue
recebendo privilégios — mesmo fora do campo —, já que uma outra peça, a de
alcunha cunha, recebe para ficar em silêncio.
Esse último, como se sabe, foi um dos
responsáveis pela retirada da dilmãe (embora ele tenha sido só uma marionete da
mão global).
Ainda há alguns integrantes no tabuleiro, nas
chamadas "side quests": de um lado, o juiz sem juízo, morinho (que
lembra "marinho"); de outro, o cara que tem um dedo a menos (e que a
mão global teme e sempre temeu); e aos arredores, alguns menores de nomes
(alguns são até invisíveis!), mas metidos nas irregularidades. Afinal, embora
as regras existam, ninguém as vê. Idem para as irregularidades.
O povo assiste ao jogo da mão global contra
não-sei-quem (posto que há muitas mudanças rápidas: uma hora quem assume o lado
oposto é o estado, outra hora são outras empresas, outra hora são cidadãos
comuns que se cansam de esperar a jogada e tentam invadir o tabuleiro etc), sem
saber que telespectadores são peões.
Engraçado é ver a mão global abrindo a
boquinha (na mão, mesmo, estilo Deidara) para revelar secrets-secrets de suas
peças, que fizeram parte de sua estratégia, passando-se, assim, como sincera e
heroína (quem deve gostar de heroína é a sua peça aecinho). Faz parte da nova
estratégia. Sacrifícios são feitos em jogos.
Qual será a próxima invocação? Sei lá, não
sou jogador. Sou um mal relatador (à infeliz espera de delatores). A vontade é
de fechar todo mundo dentro da caixa do xadrez, mas não sou o dono do
brinquedo.